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Capítulo 107: Lavel!

  — A casa tá caindo! — gritou Mira, com dor.

  — N?o é isso, olhe lá! — disse Rem, apontando para algo no teto.

  Mira olhou para o que havia caído.

  — O que... Kay? — exclamou ela, olhando a madeira que agora estava visível.

  — O Kay nem sabe fazer uma manuten??o direito. Instalou a madeira toda errada! — reclamou Mira, olhando para o teto, onde agora uma parte estava exposta.

  — é o que você acha... Para mim, esse quadrado ali está perfeito! — disse Rem, rindo, apontando para o peda?o da madeira.

  — Foi proposital? — exclamou Mira, observando de perto.

  — Suspeito! — disse Rem, puxando uma mesa e subindo nela para tocar o teto.

  Ela pressionou um peda?o da madeira mal encaixado, e ele caiu no ch?o, revelando uma fechadura escondida.

  — Ainda acha que ele n?o era esperto? Procura a chave! — provocou Rem.

  — Eu já encontrei! — disse Mira, indo diretamente para a gaveta de cuecas de Kay.

  Ela pegou a chave e entregou-a para Rem.

  — Escondeu ali porque sabia que você n?o ia pegar! — disse Rem, sorrindo de forma brincalhona.

  — Só abre logo! — apressou-se Mira.

  Rem destrancou a fechadura, e a passagem come?ou a se abrir. Ela segurou a porta e foi abrindo lentamente, até que uma escada de cordas e madeiras se estendeu, descendo até o ch?o do quarto.

  — Nós tínhamos um sót?o? — exclamou Mira, surpresa.

  — Pelo que eu saiba, n?o! — respondeu Rem, descendo da mesa.

  Mira subiu a escada, seguida de perto por Rem.

  — Está escuro aqui! — disse Mira, sentindo a falta de luz.

  — Bem-vindas! — respondeu uma voz misteriosa, ecoando pela escurid?o.

  — Quem está aí? — exclamou Mira, alarmada.

  — Acendendo luzes! — a voz respondeu.

  Em um piscar de olhos, as luzes acenderam, iluminando o c?modo, revelando algo imenso.

  — Que droga é essa? — exclamou Mira, estupefata diante da cena.

  — é do tamanho da nossa casa... Quando ele construiu isso? — disse Rem, também surpresa, observando o ambiente.

  — Essa n?o é a quest?o... Como ele construiu isso? Ele só tinha seis anos! — disse Rem, olhando para o espa?o de maneira desconfiada.

  A voz misteriosa retornou, agora com um tom quase alegre.

  — Identificando... M?e da Mira e Mira, sejam bem-vindas! — disse a voz, como se fosse um aviso.

  — Maldito... — murmurou Rem, irritada, sentindo a tens?o no ar.

  — Quem é você? — exclamou Mira, seu tom agora carregado de indigna??o e medo.

  — Sou o passado, presente e o que falta para o futuro! — disse a voz

  — "N?o entendi!" — exclamou Mira, confusa.

  — "Sou resultado da cria??o do Kay e de sua m?e. Me chamo Lavel." — respondeu a voz, com um tom misterioso.

  — "Ent?o isso é bem antigo!" — disse Rem, surpreso com a revela??o.

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  — "Sou um protótipo concluído pelo Kay. Eu sei que meu criador está morto e também os problemas que est?o enfrentando atualmente." — explicou Lavel.

  Mira olhou com mais intensidade ao redor, tentando entender.

  — "Sabe onde o Kay esconde as coisas de comer dele?" — exclamou Mira, ainda sem compreender completamente.

  De repente, uma tela de computador brilhou no fundo da sala. Rem e Mira se aproximaram rapidamente e viram que a tela mostrava a parte do fundo da sala que ainda n?o haviam explorado.

  — "Maldita!" — disse Rem, irritada ao perceber o que estava acontecendo.

  — "Me leve com vocês para a sua base. Tem coisas que meu criador armazenou no meu sistema que podem ser do interesse de vocês!" — pediu Lavel, sua voz agora mais urgente.

  — "E como é que levo você?" — exclamou Mira, sem entender como poderia transportar aquela inteligência.

  — "Pluga seu celular nessa entrada USB, e uma tela de carregamento será iniciada. Pelos meus cálculos, estará pronto antes da hora de vocês partirem amanh? cedo." — disse Lavel, já com tom mais objetivo.

  — "Isso é seguro?" — perguntou Rem, ainda desconfiada.

  — "Fora os contatos, n?o tem nada que ela possa tirar de mim nesse celular!" — respondeu Mira, tentando convencer Rem.

  Sem hesitar, Mira pegou um cabo de USB da mesa e conectou o celular no computador. A tela logo se iluminou, mostrando uma porcentagem de transferência de dados.

  — "Basta plugar seu celular em outro computador na sua base, e eu irei transferir meu sistema." — disse Lavel, com sua voz impessoal.

  — "Temos computador lá?" — exclamou Mira, olhando para Rem.

  — "Só os do pessoal do instituto, na sala da Fernanda!" — respondeu Rem, indo em dire??o ao outro lado da sala.

  — "Isso é melhor ainda! Posso implementar meu sistema com o deles!" — disse Lavel, animado com a possibilidade.

  — "N?o sei se a Fernanda vai deixar, mas vou ver isso aí!" — disse Mira, sua voz carregada de determina??o.

  — "Estatísticas indicam que há 86% de chance de recusa pela cientista Fernanda, mas 100% de chance de aceita??o da cientista gênio Aiko e do próprio cientista-chefe do instituto!" — informou Lavel, com um tom calculista.

  — "Por que eles aceitariam isso?" — perguntou Mira, curiosa.

  — "Porque sou uma tecnologia avan?ada! Posso ajudar em todas as áreas, inclusive no exército e no instituto!" — respondeu Lavel, cheio de confian?a.

  Mira, agora mais atenta, fez uma nova pergunta.

  — "Ent?o você já sabe sobre os monarcas?"

  De repente, várias telas se iluminaram, mostrando notícias postadas na internet.

  — "Monarcas, Generais e Líderes de Pilot?o s?o o topo da hierarquia do exército inimigo, um sistema espelhado no exército humano!" — disse Lavel, com um tom informativo.

  — "Que droga, Kay!" — exclamou Rem, visivelmente irritada com a situa??o.

  Mira, agora preocupada, correu até a estante.

  — "O que foi?" — perguntou Rem, olhando para Mira.

  — "Olha aqui nesse armário!" — gritou Mira, ao encontrar algo inesperado.

  — "Que droga, Kay!" — repetiu Mira, irritada, ao abrir o armário.

  — "Só barras de proteínas!" — constatou Rem, com um suspiro de frustra??o.

  — "N?o era isso que vocês queriam? S?o altamente nutritivas, especialmente para vocês, que est?o grávidas!" — disse Lavel, como se isso fosse óbvio.

  — "Eu queria alguma besteira!" — reclamou Mira, com um tom de frustra??o.

  — "Escolheu a op??o errada. Fecha de novo, ao lado tem um painel! Pressione a op??o dois e depois abra novamente!" — instruí Lavel, com calma.

  Rem seguiu as instru??es e, quando abriu novamente, as op??es haviam mudado.

  — "Como assim? é uma máquina de vendas?" — exclamou Rem, surpresa com a mudan?a.

  — "N?o, é apenas uma rota??o de bandejas com produtos! Perdoe o gosto do meu criador, mas ele n?o tinha paladar, ent?o sempre priorizou as vitaminas." — explicou Lavel, de forma impessoal.

  — "Pois é! O Kay sempre teve um paladar fraco!" — disse Rem, rindo levemente.

  — "N?o! Ele realmente n?o sentia gosto, exceto por uma condi??o..." — corrigiu Lavel, com um tom mais sério.

  — "Que condi??o?" — exclamou Mira, enquanto pegava os produtos das bandejas.

  — "Ele tinha que ingerir uma bebida especial preparada por você!" — revelou Lavel, como se fosse uma descoberta importante.

  — "Café?" — exclamou Mira, parando repentinamente.

  — "Sim! N?o foi dito diretamente, mas pela quantidade que ele bebia e pela falta de variedade por op??o dele, eu deduzi que o café era a bebida especial que ele mencionou!" — explicou Lavel, com uma calma científica.

  — "Meu café ativava o paladar dele?" — perguntou Mira, sua voz carregada de surpresa e incredulidade.

  — "Muito mais do que isso." — respondeu Lavel, com um tom quase reverente. — "Era um energético avan?ado, uma fonte rica de nutrientes, embora inadequada como dieta exclusiva. Além disso, era um remédio crucial para uma condi??o que n?o tenho permiss?o para compartilhar."

  Mira arregalou os olhos, e sua express?o ficou mais séria.

  — "Ele estava doente?" — perguntou, quase num sussurro.

  Antes que Lavel pudesse responder, sua voz assumiu um tom levemente irritado:

  — "Poderia, por favor, parar de pegar as coisas assim? Se carregar dessa forma, os pacotes ir?o rasgar."

  — "Lámen instantaneo. N?o vou deixar isso aqui!" — rebateu Mira, obstinada, enquanto continuava a encher os bra?os com pacotes.

  — "Quando partirem, garantirei que tudo que está aqui, exceto pelos computadores e pelo painel solar, será transportado para a base. Além disso, na casa do Kay há mais itens que ser?o úteis para vocês. Deixem tudo aqui, exceto o que v?o consumir hoje, e ter?o tudo na base amanh?." — assegurou Lavel, com uma calma que parecia desarmar qualquer discuss?o.

  Rem, comendo um salgadinho que havia acabado de encontrar, estreitou os olhos.

  — "Tem certeza disso?"

  — "Inclusive seu celular. N?o precisará voltar para buscá-lo, pois estará na base quando chegarem lá."

  Mira parou por um momento, hesitando.

  — "O que acha?" — perguntou para Rem.

  Rem deu de ombros, um olhar cético estampado em seu rosto.

  — "Sei lá. O Kay sempre foi cheio de segredos."

  Depois de um suspiro pesado, Mira colocou os itens de volta e pegou apenas o suficiente para passar a noite. Assim que o fez, a porta do armário se fechou automaticamente, com um som suave, quase calculado.

  Rem olhou para o teto enquanto organizava suas ideias.

  — "Pensando bem, acho que a m?e do Kay já foi do instituto. Só que ela era pregui?osa, e provavelmente a expulsaram sem perceber que era um gênio."

  — "Sério?" — Mira arqueou as sobrancelhas.

  Flashback

  — "Que mentirada é essa, rapaz?" — exclamou a m?e de Kay, com um tom irritado.

  — "Tia, isso é um filme de fic??o!" — respondeu Mira, ainda crian?a, com um sorriso nervoso.

  — "Soldados rob?s? Mesmo que milênios se passem, ninguém conseguiria construir algo assim, muito menos um exército!" — retrucou a m?e de Kay, cruzando os bra?os.

  — "é só um filme!" — insistiu Mira, tentando explicar.

  Kay, ainda crian?a, observava pacientemente a discuss?o. Ent?o, interveio:

  — "M?e, isso é só uma fantasia para as crian?as. A ideia é que elas imaginem as possibilidades, seja hoje ou daqui a milhares de anos!"

  A m?e de Kay parou por um instante, piscando em confus?o antes de murmurar:

  — "Por que n?o disse antes? Agora faz sentido!" — ela voltou a assistir ao filme com renovado interesse. — "Tá bom, vou prestar aten??o."

  Kay sorriu de canto, enquanto Mira olhava para ele com desdém.

  De volta ao presente

  — "Que cara é essa?" — perguntou Rem, notando a express?o distante de Mira.

  — "Agora que mencionou, a m?e do Kay era bem estranha." — respondeu Mira, pensativa.

  De repente, sons de engrenagens ecoaram pela sala, interrompendo a conversa.

  — "O que foi isso?" — exclamou Mira, assustada.

  — "Estou movendo os itens para que sejam transportados à base. Amanh? estará tudo pronto, como programado." — disse Lavel, sua voz imperturbável.

  Rem ergueu uma sobrancelha.

  — "Ent?o tá. Estamos voltando."

  Mira olhou para o painel.

  — "Devolva meu celular depois!"

  — "Estará em suas m?os." — respondeu Lavel, sem hesitar.

  As duas desceram de volta para o quarto do Kay. Mira suspirou enquanto largava os itens no ch?o.

  — "Conseguimos comida, mas... que droga foi essa?"

  — "N?o sei." — respondeu Rem, ajeitando o cabelo. — "Eu vou tomar banho."

  A escada foi retraída, e a porta do teto ficou semiaberta. Rem subiu na mesa e trancou o compartimento novamente.

  — "Eu vou levar essa chave comigo." — decidiu Rem, segurando o objeto com firmeza.

  — "é melhor." — concordou Mira, entregando a chave para que Rem encaixasse no lugar.

  Na manh? seguinte.

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